Uma das coisas mais difíceis que existem é pedir desculpas.
Isso vale para qualquer situação. Mas, nós – pais e mães – sempre “obrigamos”
nossos filhos a fazê-lo, se desculparem conosco, com os familiares e
amiguinhos.
Mas, nós pedimos desculpas a eles?
Será que quando eles pedem desculpas entendem o que estão
fazendo errado? E por que é errado?
Meu pai sempre brinca que a minha filha, Bia, fala desculpa
e repete o erro. Será que ele está correto?
Reconhecer um erro é muito importante. Faço questão de me
desculpar com a minha filha quando perco a paciência e grito, ou dou uma
palmada (confesso que às vezes rola... me odeio depois). Explico que eu fiquei frustrada
por não conseguir me comunicar com ela e fazê-la entender algo, por isso perdi
a paciência. Quando ela tem reação parecida lembro da ocasião que errei e uso
de exemplo.
Antes dos 5 anos a dupla causa-consequência nem sempre é
compreendido, mas é nosso papel explicar. “Porque você falou/fez/bateu/qualquer
outro verbo é que a amiguinha (o) está triste e chorando. Isso não é legal,
fazer uma pessoa ficar triste. Por isso você tem de dizer que sente muito e
pedir desculpas”. É importante nunca
fazer isso na frente de outras pessoas para não gerar um processo de
humilhação, que vai deixar a criança zangada e com tendência a não obedecer
para agredir o agressor que a humilha. Devemos sair da cena e depois da criança
entender voltar com ela. Isso também mostra a importância do assunto e dá
espaço para reflexão.
Meu pai tem razão em dizer que muitas vezes as “desculpas”
não são sinceras, mas crianças aprendem com o exemplo e com a repetição. O
importante é que ela entenda que todos erram e reconhecer o erro faz parte,
para adultos, crianças e idosos.
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