domingo, 16 de agosto de 2015

Chupeta é o capeta? Mitos e verdades.

A chupeta não é uma coisa nova, escavações em tumbas de bebês de 3.000 anos atrás mostram artefatos de argila, em forma de porco, sapo ou cavalo que tinham um orifício que permitia que se inserisse mel e do outro lado outro pequeno para que a criança sugasse a "gostosura".
Sugar é um reflexo que garante a sobrevivência do ser humano e aparece entre a 17-24 semanas de vida intrauterina. Já na primeira sensação de desconforto (que depois passa a ser reconhecida como fome) o recém nascido ganha o peito, suga e sente prazer em saciar a fome. Mais tarde, a sucção passa a ser associada ao prazer, pura e simplesmente, e tudo "vai para a boca", na chamada fase oral.
No nosso meio a chupeta é considerada um "calmante" e faz parte do enxoval do bebê. Mas, os pediatras e dentistas orientam que ela não seja usada... quem tem razão?
A favor da chupeta: 
1- Ela realmente acalma a criança,
2- Há alguns estudos que associam seu uso, à note, a redução da Síndrome da Morte Súbita do Recém Nascido. A academia americana de pediatria recomenda o uso da chupeta durante o sono à partir da terceira semana de vida com este fim.
Porém, há muitos contras:
1- Estudos mostram que o uso da chupeta reduz o tempo de amamentação. A Organização Mundial da Saúde, UNICEF e Ministério da Saúde do Brasil desaconselham formalmente seu uso, pois quanto maior o tempo de aleitamento materno, mais saúde para o bebê e para a mãe.
2-Psicólogos dizem que podemos "acalmar" a criança de outras formas: colo, acalanto, música, carinho... 
3- Estudos mostram que o seu uso prolongado e constante altera a oclusão dental, leva à respiração bucal (aumentando a freqüência de sinusites, otites, rinites e amigdalites; além de aumentar o risco de cáries).
4- Apesar da Academia Americana de Pediatria recomendá-la contra a Síndrome da Morte Súbita esta relação ainda é duvidosa e outras organizações (OMS, UNICEF) não recomendam o uso da chupeta.
5-Em 2009 foi publicada uma excelente revisão da literatura no Jornal Brasileiro de Pediatria que conclui que há mais contras do que prós no uso da chupeta.