quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Meu pediatra é demais! Mas, como encontrar este super herói?

Tudo bem... Meu pediatra, doutor Boldrini, já se foi... E deixou tanta saudade que há um hospital filantrópico com seu nome (conheçam e apoiem). que atende oncologia e hematologia infantil...
Mas, quando falo "meu pediatra" hoje em dia me refiro ao Márcio Moreira, o "tio Márcio" da Bia...
A escolha do pediatra foi fácil para mim... Sou pediatra, conheci o Márcio ainda na faculdade, e o vi ser pediatra de muitas famílias amigas... Porém, quem não tem essa sorte/facilidade? Como escolher o pediatra ideal?

Primeira regra: Pediatra é igual a escola, vai depender do que a família espera e como ela quer ser atendida ou se relacionar com o profissional.
1- FUNDAMENTAL: ótima formação acadêmica. Entre na internet e consulte: aonde fez faculdade? aonde fez residência? tem título de especialista pela Sociedade Brasileira de Pediatria?(Se você é de outro país, procure o equivalente). Tem sub-especialidade ou outra titulação acadêmica (mestrado, etc...)? Ele (a) é citado em algum site (revista sobre crianças, revista especializada para médicos, congressos...)? Faz parte de alguma equipe pediátrica de algum hospital que você confia? Pode não ser o fator determinante, mas é um indicador de qualidade.
2- INDISPENSÁVEL EMPATIA: ele (a) tem o seu estilo? Vocês (pai e mãe, mãe e mãe, pai e pai, ou qualquer outra conformação familiar) precisam de explicações nos "mínimos detalhes" ou apenas quer saber o que e como fazer sem muito "blablablá"? Vocês acreditam e segue homeopatia, medicina antroposófica, chinesa? Se vocês são vegetarianos (as), veganos (as), macrobióticos (as) esse (a) profissional é capaz de se adaptar e orientar nestas escolhas para o sue filho (a)?
Pergunte no que ele (a) acredita sobre: aleitamento materno, circuncisão, dormir com os pais, responder ao choro, alimentação, uso de medicamentos para febre ou infecções... Combina com as crenças da sua família? 
Em segundo lugar: Acessibilidade
1- Aonde é o consultório? Vocês usam transporte público: há alternativas para chegar ao consultório?Vocês são adeptos do ciclismo: é fácil e seguro ir de bicicleta, com uma criança, até lá? Vocês usam carro: tem estacionamento?
2- Horários de atendimento? Se vocês não têm horários de trabalho flexíveis, esse (a) profissional atende após o horário comercial ou aos finais de semana?

3- Disponibilidade: você terão acesso ao celular, whatsapp do (a) profissional? Ele (a) tem uma outra pessoa que o (a) cubra durante as férias?  Atende pelo seu convênio ou o valor do sue reembolso é adequado ao valor da consulta?  
Historinha: Quando eu atendia uma vez ouvi: "como assim, você vai tirar férias? E se acontecer alguma coisa, como eu fico?" Bem, esta mesma pessoa, em um feriado, apesar de ter o nome da colega que iria me cobrir e indicação de pronto socorro para urgências, conseguiu achar o telefone dos meus pais e obter deles o telefone da casa da minha avó em Minas Gerais.... e disse que não tinha usado o celular ou o bip (velha esta história) com medo que eu não atendesse!
Dica: respeite o seu/sua médico (a), ele (a) é gente, como você!
4- Hospital de referência indicado pelo profissional: Dê preferência a profissionais que acompanhem seus pacientes quando eles são hospitalizados e pergunte sobre o credenciamento dele (a) nos hospitais da região. As mesmas perguntas do item 1 e as de ordem econômica/financeira do item 2 devem ser consideradas.
 Quando escolher? O que mais considerar?
1- Se você está grávida procure uma consulta pré-natal, por volta da 30ª - 32ª semana (assim você pode avaliar com calma vários profissionais). Se você vai adotar, assim que você for considerado apto pelo poder público a entrar no cadastro de potenciais famílias adotantes.
2- Na consulta pré-natal vocês foram bem atendidos? As respostas às suas questões foram claras? O consultório estava adaptado aos pequenos (brinquedos, livros, área de espera, água facilmente acessível)? 
3- Se você não é médico ou tem médicos na família (nesse caso ouça seu familiar), converse com os amigos, peça indicações e pergunte porque gostam daquele profissional. Se você tem médicos de confiança, pergunte a eles.
Por último, se no meio do caminho não deu certo... Troque! Essa é uma relação de confiança que tem de ser muito forte!