sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Todas crianças são especiais, mas algumas são mais.

ESTRANHO É VOCÊ QUE NÃO ACREDITA QUE TODA CRIANÇA É "ESPECIAL", E ALGUMAS MUITO!

Tenho uma tia com síndrome de Down, hoje com mais de 60 anos. Ela nasceu em uma época em que crianças que hoje chamamos de especiais eram consideradas "anormais" e escondidas da sociedade. Graças aos Céus isso não aconteceu com ela, que sempre foi acolhida e muito amada.

Hoje em dia a inclusão é uma questão de ordem, mas alguns ainda acreditam que isso é um "benefício", ou ainda "um gesto de bondade", para a criança especial... 
Em uma das escolas que fui visitar para escolher a educação fundamental da Bia, notei que só havia escadas, e perguntei o que eles faziam com as crianças deficientes físicas. A resposta foi "ah, só temos uma anãzinha e aí sempre colocamos a sala de aula da turma dela no térreo". Vejam que absurdo! A sala de música ficava dois andares acima, assim como a biblioteca e até o refeitório. E olha que o site falava maravilhas da inclusão.... E a "pedagoga" que nos atendeu nem se deu conta do que falava. Olhando mais atentamente a escola não tinha nenhum deficiente intelectual, também.
  
O convívio com as crianças ditas "especiais" é uma fantástica oportunidade para os (as) nossos (as) filhos (as) ditas "normais".
E aqui não incluo apenas as crianças com Down, ou Autismo, mas também os deficientes visuais, físicos, auditivos, da fala... 
1- Aprender sobre DIVERSIDADE
Qualquer tipo de diversidade mostra que deficiências e, porque não, também as eficiências, em excesso - enriquece o ambiente, desenvolve a capacidade de aceitar que todos temos os nossos limites (alguns maiores, outros menores) e que precisamos dos outros para superá-los. 
2- Aprender a dar e receber SOLIDARIEDADE
A solidariedade de poder ajudar o amiguinho e de começar a receber a felicidade do outro como um presente pessoal.
3- Receber uma educação INDIVIDUALIZADA
Os professores passam a entender a heterogeneidade do grupo (que passa a ser uma representação da sociedade) e que cada criança precisa ser vista individualmente, entendendo que cada um precisa de um plano de desenvolvimento próprio. Pesquisas já indicam que ao contrário do que alguns temem não há "queda" do nível de ensino e sim um aprendizado de tolerância ao observar que em algumas coisas as "normais" são menos eficientes do que as "especiais". Todos passam a entender que nã é necessário "tirar 10 em tudo". 
Hoje sinto muitos pais colocando as crianças em inúmeras atividades e querendo que elas sejam "boas" em tudo, evitando que eles passem pela frustração de não ser sempre o melhor... Isso é um erro e pode gerar muitos problemas no futuro, afinal nem todo mundo é bom em tudo na vida real
4- Ser um CIDADÃO que vai REVINDICAR INCLUSÃO E MUDANÇAS
Ainda hoje as nossas cidades, shoppings e outros locais públicos não estão preparados para as deficiências. Não há sinal sonoro nos semáforos e nos elevadores para quem não vê. Não há rampas, elevadores de fácil acesso... Se todos conviverem e compreenderem a necessidade desses equipamentos, todos iremos reivindicar. E se os céus nos ouvirem, não estacionarão seus veículos em vagas exclusivas para deficientes ou idosos...
5- Ser FLEXÍVEL
Não há apenas uma forma de jogar futebol, se colocarmos um guizo na bola o amigo que não enxerga pode jogar! Não há só um jeito de jogar basquete! Não há só uma forma de dar comida para a boneca, nossa amiga sem braços sabe usar o pé!